Periférico

Um Blog desalinhado, independente e situado à margem do politicamente correcto! O olhar de um Periférico na periferia da Europa.

segunda-feira, outubro 31, 2005

Tolice de 2ª feira

quinta-feira, outubro 27, 2005

Sono Periférico


Mário Soares disse na terça-feira que com ele em Belém os Portugueses podem dormir descansados.

Depois de duas noites mal dormidas, hoje de manhã ouvi na TSF as últimas sondagens, conclusão: acho que finalmente hoje vou ter um sono tranquilo e descansado. :-)

terça-feira, outubro 25, 2005

Trouver X

Afinal não são só os portugueses que dominam o ranking das calinadas em exames. Recebi por e-mail este achado gaulês:

"Voici ce qu'un étudiant a répondu à un examen de math !
C'est pas faux !"




Digam-me lá se não é brilhante o espírito de desenrasca e a simplicidade com que o iluminado gaulês encontrou a solução do problema!

Coitado do Pitágoras!;-)

sexta-feira, outubro 21, 2005

Primeira Página

Para quem quer andar sempre bem informado aqui está um link interessante:
http://www.newseum.org/todaysfrontpages/flash/

Este site actualiza diariamente as primeiras páginas de vários jornais de todo mundo.

Ao clicar-se numa das bolas cor de laranja aparece a primeira página de um jornal desse país, assim como o respectivo link para o seu site.

Esta é uma boa forma de andar sempre "globalmente" informado! :-)

Bom fim-de-semana!

quinta-feira, outubro 20, 2005

Encontro Periférico



Nas margens do Tejo tendo por fundo o cenário futurista da Parque Expo e da Ponte Vasco da Gama dois personagens almoçam tranquila e pacificamente. Os seus cabelos brancos, num deles a própria calvície e as rugas, dão sinal do tempo das suas vidas. Viveram certamente a guerra-fria, a queda do muro de Berlim e o desanuviamento nuclear.

Nas margens do Tejo um Norte-Americano e um Russo almoçam tranquila e pacificamente, encontro casual proporcionado por um congresso sobre oceanos. Fiquei curioso sobre do que terão eles falado, terão recordado os tempos em que o mundo estava dividido em dois blocos e o muro de Berlim personificava essa cisão de ideologias e sistemas?

Observei este quadro à distância da minha mesa e lembrei-me do verso: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Aquilo que hoje parece ser imutável por vezes altera-se mesmo, tenhamos esperança num mundo melhor.

(P.S. O Noasfalto tinha-me pedido para revelar mais da conferência, assim aqui fica o link para o resumo do que se passou nos vários painéis para quem tiver interessado.)

quarta-feira, outubro 19, 2005

Wednesday

terça-feira, outubro 18, 2005

Cinema Periférico




Notícia hoje o jornal Público no suplemento Local Porto que o cinema Nun’Álvares tem o futuro incerto e que a partir do final do ano está em risco de fechar. Embora fique triste se isto acontecer, por se tratar de uma sala que nos últimos anos se assumiu como veículo de filmes alternativos ao mainstream e por ser a última das salas tradicionais do Porto que mantém uma programação comercial regular, não fiquei surpreendido com a notícia.

Já em Julho a propósito de um filme que lá vi comentava aqui ter ficado surpreendido com o horário da sessão vespertina das 18:30. Se um cinema quer ter público e ainda por cima aposta em cinematografias alternativas e de qualidade à oferta generalista de muitos dos complexos multiplex, não pode ter uma sessão às 18:30. É meio caminho andado para ter a sala vazia. O seu público-alvo também trabalha, não é todo estudante certamente. Não digo que esta seja a razão principal da quebra de espectadores, mas certamente que contribui para o declínio de público a que esta sala tem assistido.

Diz António Costa da Medeia Filmes: "O Porto infelizmente não é Paris. As pessoas vivem cada vez mais na periferia e lá há muitas salas, nos complexos multiplex dos centros comerciais. E as pessoas que vivem no Porto também se deslocam para lá".

Não deixa de ter piada comparar uma cidade como Paris, em que só a cidade tem 2 milhões de habitantes e a sua área metropolitana apenas 9,6 milhões de habitantes, com o Porto. O Porto cidade tem apenas 260 mil habitantes, de facto o Porto não é Paris. Mesmo a população da área metropolitana do Porto não chega ao total da Cidade das Luzes, quedando-se por 1,4 milhões de habitantes.

Em Paris não duvido que uma sala como o Nun’Álvares tivesse público, a massa populacional da cidade dá para isso e muito mais, já para não falar nos hábitos culturais enraizados. Agora se calhar não fazia mal nenhum ao senhor António Costa meditar no horário das sessões. Com uma sessão às 18:30 e outra às 22:00, a sessão das 18:30 está, no meu ponto de vista, irremediavelmente condenada ao fracasso. Era muito mais sensato e razoável ter uma sessão às 19:30.

Há que ter respeito pelo público.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Ainda as Autárquicas

sexta-feira, outubro 14, 2005

Leituras Periféricas

Em reposta à pergunta: “Porque é que Harry Potter tem tanto sucesso?”, Francisco José Viegas escreve na edição de hoje do Diário de Notícias que: “Os mistérios da edição dos livros são mais voláteis e inacessíveis do que os da música ou do cinema, como bem se sabe.

Esta frase fez-me reflectir na escolha das minhas leituras e em alguns dos meus livros predilectos. Por vezes é realmente difícil e misterioso identificar as razões da empatia que temos com determinados livros ou escritores. Muitas vezes apaixonamo-nos primeiro por uma capa, pelo grafismo e só depois pelo conteúdo do livro. São misteriosos os caminhos que levam um livro a destacar-se dos demais numa estante e a atrair a nossa atenção. Por vezes abrimos um livro ao acaso e há logo uma frase ou passagem que desperta a nossa curiosidade e interesse.

Em algumas ocasiões um livro chega até nós recomendado por um amigo: “Vais gostar, é mesmo o teu género!”. Esta questão do género, do estilo tem muito que se lhe diga. O que é isto de ser do nosso género? Quando não é raro gostarmos de livros tão diferentes, tão díspares, de autores que se situam em pólos opostos do espectro dos estilos literários.

Os livros que me atraem algumas vezes não são fáceis. Alguns dos meus livros preferidos são mesmo de leitura difícil, como se essa dificuldade, o não imediatismo dessa prosa, o ritmo lento de leitura, o reler cada parágrafo três vezes, funcionasse como uma atracção irresistível. Outros são de leitura escorreita, fluida, mas nem por isso com menos sabor ou proporcionando menos prazer.

Há livros que são para a vida, outros para um determinado momento, outros ainda para se deixar a meio. Há frases que ficam, finais que se esquecem, livros que apetece reler e livros que se prefere esquecer.

A empatia com um livro é difícil de dissecar, de decifrar. A leitura é um acto solitário e penso que é isso que leva a serem mais misteriosas e inacessíveis as razões das nossas ligações a determinados livros e escritores. Na leitura estamos sós. Somos só nós, o autor e a nossa imaginação. O mesmo livro pode despertar em cada um de nós emoções divergentes, cada imaginação dá-lhe um colorido diferente. A partir do mesmo livro cada um de nós construiria, certamente, um filme distinto.

Ainda em resposta à mesma pergunta no Diário de Notícias de hoje, Francisco José Viegas começa por dizer: “A primeira regra é a seguinte: quase nunca se sabe porque razão um livro vende tanto”. Poder-se-ia facilmente acrescentar a segunda regra: Quase nunca se sabe porque razão se gosta tanto de determinado livro, de determinado autor, de determinado personagem, de determinada citação. Gosta-se e ponto final. Parágrafo, travessão…

(P.S. Bom fim-de-semana)

terça-feira, outubro 11, 2005

Somos todos Periféricos



Assistindo a uma conferência sobre os Oceanos, em que os oradores de 10 em 10 minutos nos fazem saltar de país e de continente, desde as remotas ilhas Cook e Austrália, até ao Canadá, passando pelos problemas específicos duma política para os Oceanos na Tânzania, emergiu no meu espírito a ideia de que o Mar é um elo de ligação entre a humanidade, fonte de riqueza, sustento e ao mesmo tempo essencial para a nossa sobrevivência. Serão os Oceanos uma causa que unifique o mundo em torno da sua conservação e gestão cuidada? Porque não tenhamos dúvidas, face à grandeza dos Oceanos somos todos periféricos.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Adão e Eva na Versão Americana


Se Adão e Eva fossem norte-americanos, o resultado seria esse. Nada de maçã. Só MacDonalds, KFC, King Burger, Coca-Cola...

(P.S. Recebida por e-mail)

quinta-feira, outubro 06, 2005

Instantâneo

terça-feira, outubro 04, 2005

Concerto Periférico



Alertado para o evento por uma notícia do Diário Digital da semana passada registei na minha agenda o concerto gratuito de Lloyd Cole em Ermesinde no passado Sábado dia 1 de Outubro.

Ainda um pouco incrédulo resolvi consultar e confirmar na secção Local do Público do passado Sábado que o concerto estava mesmo agendado. Não estando muito familiarizado com a malha urbana de Ermesinde cheguei por volta das 21:00 horas ao local do evento, um pequeno anfiteatro ao ar livre virado para um lago artificial onde repousava o palco, no Parque Urbano Dr. Fernando Melo. (Confesso que me faz um pouco de confusão estes autarcas que dão o seu nome a obras em vida, mas adiante).

Concerto acústico, sem rede, Lloyd Cole só em palco. Descontraído e com o seu subtil sentido de humor o músico escocês passou em retrospectiva, durante cerca de uma hora e vinte, a sua carreira com especial destaque para as canções do último álbum “Music in a Foreign Language”.

Este concerto foi mais uma constatação de que a música, quando é boa, sobrevive ao tempo e que a qualidade de uma canção também se mede pelo o facto de resultar bem neste registo acústico e solitário.

A acreditar na apresentação que fizeram os promotores do evento antes de se iniciar o concerto, Lloyd Cole deslocou-se propositadamente a Portugal para tocar ali no Parque Urbano de Ermesinde e fechar um ciclo de concertos que naquele local tiveram lugar durante o Verão. Lloyd Cole deve gostar mesmo do nosso país, relembre-se que já cá vinha dar concertos quando Portugal ainda não fazia parte das rotas das tournées dos grandes artistas internacionais.

Não sei se estarmos a uma semana das eleições autárquicas terá tido algo a ver com a escolha e agendamento deste excelente nome da música internacional para encerrar o tal ciclo de concertos do qual desconheço os outros nomes, mas valeu bem a pena esta deslocação a Ermesinde.

Insólito e a provar que as periferias por vezes também mexem culturalmente.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Sem comentários



(P.S. Parvoíce de 2ª feira)

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