Periférico

Um Blog desalinhado, independente e situado à margem do politicamente correcto! O olhar de um Periférico na periferia da Europa.

segunda-feira, julho 28, 2008

Argumentação Jurídica

A argumentação de um português que foi apanhado a 250 Km/h numa estrada onde o
limite era de 70!

Sr. Dr. Juiz,

Confirmo que vi na estrada a marca 70 em números negros inscritos num círculo vermelho, sem qualquer informação de unidades.
Ora como sabe, a Lei de 4 de Julho de 1837 torna obrigatório em Portugal o Sistema Métrico, e o Decreto 65-501 de 3 de Maio de 1961, modificado de acordo com as directivas europeias, define, COMO UNIDADE DE BASE LEGAL, as unidades do Sistema Internacional, S.I. . Poderá confirmar tudo isso no site do Governo.
Ora, no SI, a unidade de comprimento é o ' Metro', e a unidade de Tempo é o ' Segundo'. Torna-se, portanto, evidente que a unidade de Velocidade é o ' Metro por Segundo'. Não me passaria pela cabeça que o Ministério aplicasse uma unidade diferente.
Assim sendo, os 70 Metros por Segundo correspondem exactamente a 252 Km/h.

Ora a Polícia afirma que me cronometrou a 250 Km/h o que eu não contesto.

Circulava, portanto , 2 Km/h abaixo do limite permitido.

Esperando a aceitação dos meus argumentos, de Va. Exa...

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail)

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segunda-feira, julho 21, 2008

No Alentejo...

No Alentejo, um autocarro que transportava políticos chocou com uma árvore.Pouco depois, chegou um jornalista e perguntou a um alentejano que estava por ali com uma pá na mão:

- O Sr. viu o que se passou?
- Vi, sim senhor. O autocarro com os políticos espetou-se no chaparro.
- E onde estão os políticos?
- Enterrei-os.
- Mas não estava nenhum vivo?- Alguns diziam que sim, mas o Sr. sabe como são os políticos...

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail)

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sexta-feira, julho 18, 2008

O Mito e o Heroi

do Optimus Alive 2008

Bob Dylan

É conhecido como o camaleão e fazendo jus a esta alcunha, na sexta-feira passada, o mito actuou aos 67 anos em terras lusas. Camuflou as suas próprias composições em arranjos que muitas vezes só nos refrões dava para reconhecer de que música se tratava e passou todo o tempo camuflado atrás dos seus teclados, agarrado à fiel harmónica e de chapéu de cowboy enfiado. Foi bom ver o mito e o mito parece ter gostado da forma como foi recebido em terras lusas, uma vez que no final nos brindou com uma camuflada versão do Like a Rolling Stone.

Neil Young

Faz justiça ao seu apelido e aos 62 anos continua a demonstrar em cima do palco uma frescura e um prazer contagiante de tocar e fazer música. Na noite de Sábado banalizou a concorrência, o seu concerto foi uma lição para aqueles que desprezam o passado e correm atrás do último grito ou novidade. A música de Young continua actual e regenera-se a cada concerto. O concerto acabou de forma apoteótica com uma versão cheia de feed-back e distorção do A day in the life dos Beatles, com direito a duas cordas da sua old black partidas e tudo. Tinha sido mágico em 2001 em Vilar de Mouros, foi mágico novamente à beira do Tejo. Keep on rockin' in the free world!

segunda-feira, julho 14, 2008

No Manicómio

Num exame de rotina, o médico do hospício pergunta a um dos seus pacientes:
- E então, o que foi que você inventou dessa vez?
- Eu inventei um objecto que permite que você veja através das paredes.
- É mesmo? - pergunta o médico, céptico. - E como se chama esse objecto?
- Janela.

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail)

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sábado, julho 12, 2008

Better Than



(Música ao Sábado: #8 John Butler Trio - Better Than 2007)

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sexta-feira, julho 11, 2008

Today, music legend Bob Dylan

quarta-feira, julho 09, 2008

La Fille coupée en deux


Sinopse

Uma jovem mulher que ambiciona o sucesso e cuja luminosidade seduz os que a rodeiam, apaixona-se por um escritor famoso e perverso mas acaba por se casar por despeito com um jovem multimilionário.

Para um filme de Claude Chabrol, como sempre, estas linhas acabam por ser curtas para condensar a multiplicidade de leituras a que se presta.

Ludivine Sagnier está luminosa no papel principal da jovem Gabrielle Deneige dividida, cortada em dois, entre os dois homens que disputam o seu afecto: o famoso escritor e libertino Charles Saint-Denis (François Berléand), que apesar de não fazer tenção de abandonar a sua mulher ela ama verdadeiramente; e o jovem dandy e milionário Paul Gaudens (magistralmente intrepretado por Benoît Magimel) que lhe oferece “estabilidade” e a pede em casamento.

A película inspira-se na história do assassínio em 1906 em Nova Iorque de um famoso arquitecto da época, Stanford White (aqui neste filme representado por um escritor), pelo marido da sua última amante. Chabrol transpõe e adapta este crime passional para a França dos dias de hoje e explora uma vez mais um dos seus temas preferidos, a violência das relações de poder entre classes sociais.

Um filme a ver, recheado de bons diálogos e com momentos de pura sátira a uma França burguesa, opulenta, elitista, gongórica e bem pensante.

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segunda-feira, julho 07, 2008

A GRANDE diferença entre o "Correcto" e o "Justo"

Dois advogados encontram-se no estacionamento de um MOTEL e reparam que
cada um está com a mulher do outro...
Após alguns segundos de perplexidade, um diz ao outro, em tom solene e
respeitoso:

'Caro colega, creio que o correcto sería que a minha mulher viesse
comigo no meu carro e a sua mulher voltasse com Vossa Excelência'.

Responde o outro:

'Caríssimo colega, isso seria o correcto mas não seria o justo, levando-se
em consideração que Vossa Excelência está já saindo e eu estou ainda
entrando'.

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail)

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sábado, julho 05, 2008

Fullgás



(Música ao Sábado: #7 Marina Lima - Fullgás 1988)

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quinta-feira, julho 03, 2008

O Segredo Paralelo

Um final alternativo, paralelo, do Segredo à la pessoana aqui!

Palíndromo

Do grego palíndromos, palin “trás”, dromos “corrida”: «que corre para trás».

Palavra ou designativo da palavra, número ou frase cuja leitura é a mesma, quer se faça da esquerda para a direita, quer da direita para a esquerda.

Num palíndromo, normalmente são desconsiderados os sinais ortográficos, assim como, os espaços entre palavras

Capicua, do catalão cap i cua, “Cabeça e Cauda”, mais não é que um número palíndromo

Exemplo de Palavras:

AIA, ANA, ELE, METEM, OVO, OSSO, RADAR, REVIVER,SAIAS…

Exemplo de frases:

ANOTARAM A DATA DA MARATONA
A DROGA DA GORDA
RODA ESSE CORPO, PROCESSE A DOR
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
SOCORRAM-ME, SUBI NO ÓNIBUS EM MARROCOS

Ver mais: Lista de palíndromos (Wikipedia)

terça-feira, julho 01, 2008

O Segredo

Era uma vez um segredo bem guardado, mas nem sempre bem estimado. O dono dizia-lhe o quanto era original e precioso, um autêntico tesouro. Mas o segredo estava cansado de estar às 7 chaves guardado. Queria que o dono o assumisse, que partilhasse com os outros a sua existência e que o deixasse brilhar no exterior do seu esconderijo. No entanto, o dono tinha medo de o expor, receio de o assumir, medo das consequências desse seu acto.

Ter descoberto segredo tão precioso tinha sido uma sorte e queria-o só para si. Não queria que mais ninguém soubesse da sua existência, tinha receio que os outros furtassem o que de precioso nele tinha encontrado.

Contudo o dono não se apercebia que o segredo ficava deprimido durante o tempo em que o deixava sozinho no seu esconderijo. Este não suportava brilhar sozinho, era um brilho fútil, inútil, não partilhado e de pura vaidade. O tempo foi passando e o tempo que o segredo passava sozinho era cada vez maior. O seu ego necessitava de ser alimentado, o tempo que o seu dono lhe dedicava era cada vez mais escasso e não lhe chegava, precisava de outros, precisava de ser assumido e partilhado.

Um dia o dono abriu o cofre e retirou cuidadosamente a pequena caixa de madeira trabalhada em que o guardava. Tinham já passado vários anos desde que o encontrara e o tinha escondido de qualquer outro olhar. E qual não foi o seu espanto quando em vez de encontrar o seu diamante brilhante e precioso, nada mais havia na caixa do que um pedaço de grafite.

O segredo tinha esgotado o seu brilho, tinha brilhado sozinho até se reduzir a uma forma menos preciosa de carbono. O dono não entendeu, ficou perplexo, quem teria tido a audácia de trocar o seu diamante por aquilo?

Furioso, deitou fora o seu segredo agora reduzido a uma cor baça e escura. O segredo não brilhava, mas finalmente sentia-se livre. Foi reciclado e junto com outros pedaços de grafite transformou-se num veio de um lápis. Sobre o papel as suas partículas transformaram-se em letras, palavras e desenhos. Sentiu-se feliz, finalmente tinha sido assumido e partilhado.

(Post à la Pessoana mas com final feliz ;-))