Um Cineasta Periférico
É talvez um paradoxo dizer-se que Martin Scorsese é um cineasta periférico, mas mais uma vez (5ª vez nomeado para melhor realizador) ficou sem a mais cobiçada estatueta do mundo do cinema. Para a academia de Hollywood o talento deste realizador tem ficado por premiar e começa a tomar forma a ideia que apenas um Óscar de carreira compensará com justiça a riqueza do seu percurso como realizador de cinema.
Não deixa de ser estranho que um homem que respira cinema como Martin Scorsese, que sabe da história do cinema como poucos, ainda não tenha sido reconhecido pelos seus pares com um Óscar.
Martin Scorsese foi nomeado para melhor realizador pela primeira vez em 1981 com Raging Bull (O Touro Enraivecido), pela segunda vez em 1989 com o polémico The Last Temptation of Christ (A Última Tentação de Cristo), pela terceira vez em 1991 com o filme que considero uma lição de cinema e quanto mim a sua obra prima Goodfellas (Tudo Bons Rapazes), pela quarta vez em 2003 com o filme Gangs of New York (Os Gangs de Nova Iorque) e finalmente pela quinta vez em 2005 com o filme sobre Howard Hughes The Aviator (O Aviador).
Com uma carreira recheada de bons filmes e verdadeiras lições de bem realizar e contar uma história pode dizer-se que a sua rica filmografia se tem mantido periférica à consagração com a estatueta de melhor realizador por parte da Academia.
Um dia certamente virá a consagração, para mim que cresci com os seus filmes e com eles aprendi a apreciar e ver melhor a sétima arte Martin Scorcese é pura e simplesmente um mestre, um dos melhores realizadores vivos e de todos os tempos.
1 Comentários:
At 2:14 da tarde, fevereiro 28, 2005, Poor said…
A Academia é um nojo, isso sim!!!
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