Portugaises
Descobri que apreciava Ostras recentemente em 2003, quando uma deslocação profissional a Saint-Malo na Bretanha me revelou por acaso os segredos desta iguaria. Na visita a um dos muitos viveiros existentes naquela região venci a minha repugnância inicial e descobri que as Ostras são um verdadeiro manjar dos deuses, isto para quem as aprecia é claro. O truque ou melhor digamos o aditivo essencial é regá-las com bastante limão antes de as degustar.
Depois dessa experiência iniciática em França, país onde as Ostras atingem proporções de ícone gastronómico, tive ainda uma outra experiência, esta mais exótica, de degustar Ostras em pleno Nordeste Brasileiro. No Restaurante Lampião em Pipa propriedade de um lusitano, infelizmente benfiquista, uma das iguarias oferecidas no seu Buffet eram Ostras. Ao ser o primeiro a ter-me dirigido nesse serão a quem as servia, fui brindado com um rasgado sorriso cúmplice de quem também conhece os segredos desta iguaria.Para meu espanto, essas Ostras nordestinas tiveram poucos clientes, apenas eu e que me recorde mais dois lusitanos nos deliciámos com elas.
Nas leituras deste fim-de-semana, ao folhear uma Única já atrasada, sou surpreendido por uma reportagem sobre o cultivo de Ostras nas margens do Sado, no concelho de Setúbal. A empresa que apostou no ressurgimento desta actividade parece que está a ter algum sucesso na exportação deste produto para França e a sua produção tem vindo ao aumentar de ano para ano.
Em tempos, os bivalves nacionais já foram famosos além fronteiras. Ernest Hemingway refere-se mesmo às nossas Ostras em Paris é uma Festa: “Fechei o caderno, meti-o na algibeira de dentro e pedi ao criado uma dúzia de Portugaises e meia garrafa de vinho branco, seco, da casa”.
A próxima vez que passar por Setúbal irei certamente degustar este ressurgimento da Ostra Nacional (Portugaises).
Depois dessa experiência iniciática em França, país onde as Ostras atingem proporções de ícone gastronómico, tive ainda uma outra experiência, esta mais exótica, de degustar Ostras em pleno Nordeste Brasileiro. No Restaurante Lampião em Pipa propriedade de um lusitano, infelizmente benfiquista, uma das iguarias oferecidas no seu Buffet eram Ostras. Ao ser o primeiro a ter-me dirigido nesse serão a quem as servia, fui brindado com um rasgado sorriso cúmplice de quem também conhece os segredos desta iguaria.Para meu espanto, essas Ostras nordestinas tiveram poucos clientes, apenas eu e que me recorde mais dois lusitanos nos deliciámos com elas.
Nas leituras deste fim-de-semana, ao folhear uma Única já atrasada, sou surpreendido por uma reportagem sobre o cultivo de Ostras nas margens do Sado, no concelho de Setúbal. A empresa que apostou no ressurgimento desta actividade parece que está a ter algum sucesso na exportação deste produto para França e a sua produção tem vindo ao aumentar de ano para ano.
Em tempos, os bivalves nacionais já foram famosos além fronteiras. Ernest Hemingway refere-se mesmo às nossas Ostras em Paris é uma Festa: “Fechei o caderno, meti-o na algibeira de dentro e pedi ao criado uma dúzia de Portugaises e meia garrafa de vinho branco, seco, da casa”.
A próxima vez que passar por Setúbal irei certamente degustar este ressurgimento da Ostra Nacional (Portugaises).
17 Comentários:
At 2:28 da tarde, fevereiro 08, 2006, Carlota said…
Muito viajado, Senhor Periférico!
Sim senhor...
Mas posso saber por que carga de água fizeste referência à preferência clubistica do dono do Restaurante Lampião, "envirgulando" o infelizmente?... As ostras eram menos saborosas por isso, eram?:)
(ó p'ra mim, já a bater com o pezinho e de mão na cintura)
At 2:57 da tarde, fevereiro 08, 2006, noasfalto said…
E o que é nacional é bom!!
Vale a dica.
Abraço
At 3:18 da tarde, fevereiro 08, 2006, Sara MM said…
e se passares por aqui degustas uns belos Búzios! deve ser parecido! :ob
BJs
At 6:07 da tarde, fevereiro 08, 2006, Freddy said…
E dizem que é afrodisíaco, confirmas?
Já agora, ostras sempre com código de barras 560... Lusa!!!
At 6:48 da tarde, fevereiro 08, 2006, CS said…
Sugestão: ostras gratinadas - Restaurante À Tasca (Sagres).
Mmmmmmm... Que saudades do Verão!!!
At 7:00 da tarde, fevereiro 08, 2006, Folha de Chá said…
Ainda não gosto de ostras. :)
At 7:08 da tarde, fevereiro 08, 2006, Poor said…
nah, não gosto!
At 7:21 da tarde, fevereiro 08, 2006, Isabel said…
hummmm, que me abriste o apetite :)
At 7:31 da tarde, fevereiro 08, 2006, Carla Motah said…
Intrometo-me para também manifestar o meu agrado por ostras. Provei-as pela primeira vez neste Verão quando estive em Porto de Galinhas e adorei. Regadinhas com limão e à saída da água, vendidas por senhores que aparecem vindos de todo o lado e que confiam cegamente no turista que come primeiro e vai à toalha buscar o dinheiro depois.
Pronto, agora queria ir de férias outra vez.
Na Bretanha, contudo, deve ser bem mais sofisticado.
At 8:14 da manhã, fevereiro 09, 2006, Pitucha said…
Ostras em Saint-Malo. Também sei o que é e também adoro!
E assim se prova que o bom gosto também chega à periferia.
Beijos
At 1:50 da tarde, fevereiro 09, 2006, armando s. sousa said…
Eo adoro ostras.
Já agora que falas, estive à 15 dias atrás na Bretanha, exactamente em Saint-Malo, e além de outros mariscos também degustei as ostras.
Um abraço.
At 5:03 da tarde, fevereiro 10, 2006, Pata said…
Ostras, em Pipa, no lampião? Que pena,também passei por lá e não provei.
A descrição abriu-me o apetite.
At 5:30 da tarde, fevereiro 10, 2006, Anónimo said…
Quando, em 1961, estive em Toulouse, a minha boca abriu-se de espanto quando, por todo o lado, vi à venda "Huîtres Portugaises"!!!
At 11:30 da tarde, fevereiro 10, 2006, Kalinka said…
Provei ostras pela 1ª vez na vida, em Dezembro de 2003, na Tunísia.
Fomos fazer um passeio de barco à Ilha dos Flamingos cor-de-rosa e lá nos esperava um manjar dos deuses...
Não foi na Bretanha, nem no Nordeste Brasileiro, embora tivesse estado lá de férias e mesmo em Pipa, mas ainda não foi dessa vez que degustei as mesmas.
Mas, fiquei deveras surpreendida quando acabo de ler, a notícia de Setúbal, pois estou lá todos os dias, é lá que trabalho e ainda não ouvi dizer nada disso...quando lá fores, ou mesmo antes de lá ires, qd estiveres elucidado onde se come esse pitéu, diz-me alguma coisa, pois gostaria de lá ir.
Bom fim de semana.
At 10:17 da tarde, fevereiro 12, 2006, Luisa Hingá said…
Na Ria Formosa há ostras muito boas. Em Faro de vez em quando como-as. Experimentem ir a Cacela a velha pq lá é quase ao lado do viveiro...
At 8:35 da tarde, fevereiro 13, 2006, Anónimo said…
Também adoro ostras. Antigamente, qualquer tasca de Lisboa as servia como entrada. Hoje, não há em lado nenhum.
As melhores que alguma vez comi foi em Durban, na África do Sul, já lá vão uns aninhos... Ainda hoje recordo o prazer que me deram.
At 12:15 da tarde, fevereiro 14, 2006, izzolda said…
Cof. Pronto, odeio ostras. Já disse.
Quando provei, algures em França, achei que para comer uma coisa viscosa a saber a sal e limão - e que nem sequer se trinca - preferia fazer outras escolhas gastronómicas :) São gostos!
No entanto, a comer, que seja ostra tuga, então :)
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