Tinhas tranças pretas e caçavas borboletas...
De quem é este verso aqui em cima? Alguém descobre? Uma pista: é um fragmento da letra duma canção. O seu autor e compositor é um senhor injustamente esquecido e voltado ao ostracismo. Quando ainda havia música ligeira em Portugal, não esta música popular que nos anos 90 galgou as tabelas e foi denominada por pimba, este senhor dava cartas. Ganhou dois festivais da canção e fez figura na Eurovisão quando estes dois eventos ainda tinham prestígio. As suas músicas fazem parte da nossa memória colectiva musical e acreditem que todos temos, num recanto escondido do nosso cérebro, pelo menos um refrão guardado.
Eu pessoalmente desconhecia saber tantas letras e refrões de cor, mas tal ficou indubitavelmente comprovado no passado Sábado, dia 1 de Abril. Pelas 23:30 o mundo parou de rodar no ressuscitado espaço do Cabaré Maxime na Praça da Alegria em Lisboa. José Cid em concerto, sozinho ao piano, transportou-nos numa viagem de regresso ao nosso imaginário comum da música ligeira portuguesa.
O espaço foi pequeno para acolher tanto público que, na sua grande maioria, ali se deslocou para se divertir e partilhar uns momentos de boa disposição ao reviver os seus velhos êxitos.
Esta noite ficará para a história e irá certamente marcar o futuro deste reabilitado espaço que se começa a assumir como um spot incontornável, um must da noite lisboeta! ;-)
As letras de José Cid são verdadeiras pérolas da nossa língua, verdadeiros monumentos do nosso património popular musical, e contêm versos inesquecíveis como o que dá título a este post. Até houve o refrão duma música que me fez particularmente lembrar alguém que se anda sempre a queixar do cinzento de Bruxelas e que aqui transcrevo:
Cai neve em Nova Iorque,
Faz sol no meu país,
Faz-me falta Lisboa,
para me sentir feliz!
Ao longo da noite José Cid foi-se queixando do desinteresse das editoras no seu trabalho, depois do ambiente de euforia, boa disposição e alegria que se viveu neste concerto provavelmente esta postura poderá mudar. No fundo trata-se de música ligeira, despretensiosa e divertida. O próprio músico revelou sentido de humor perante o ambiente engraçado e descontraído que se gerou, chegando a questionar um fotógrafo se a foto era para a Visão, já que se o Tony Carreira aparecia na Visão ele também queria aparecer.
José Cid não é pimba, é talvez kitsch e faz parte do imaginário musical deste país. Por isso termino com o refrão de um dos seus grandes êxitos que vos dedico e que em apoteose marcou a sua primeira retirado do palco (haveria de regressar três vezes):
Vem viver a vida amor,
que o tempo que passou
não volta mais.
Sonhos que o tempo apagou,
mas para nós ficou,
esta canção!
Eu pessoalmente desconhecia saber tantas letras e refrões de cor, mas tal ficou indubitavelmente comprovado no passado Sábado, dia 1 de Abril. Pelas 23:30 o mundo parou de rodar no ressuscitado espaço do Cabaré Maxime na Praça da Alegria em Lisboa. José Cid em concerto, sozinho ao piano, transportou-nos numa viagem de regresso ao nosso imaginário comum da música ligeira portuguesa.
O espaço foi pequeno para acolher tanto público que, na sua grande maioria, ali se deslocou para se divertir e partilhar uns momentos de boa disposição ao reviver os seus velhos êxitos.
Esta noite ficará para a história e irá certamente marcar o futuro deste reabilitado espaço que se começa a assumir como um spot incontornável, um must da noite lisboeta! ;-)
As letras de José Cid são verdadeiras pérolas da nossa língua, verdadeiros monumentos do nosso património popular musical, e contêm versos inesquecíveis como o que dá título a este post. Até houve o refrão duma música que me fez particularmente lembrar alguém que se anda sempre a queixar do cinzento de Bruxelas e que aqui transcrevo:
Cai neve em Nova Iorque,
Faz sol no meu país,
Faz-me falta Lisboa,
para me sentir feliz!
Ao longo da noite José Cid foi-se queixando do desinteresse das editoras no seu trabalho, depois do ambiente de euforia, boa disposição e alegria que se viveu neste concerto provavelmente esta postura poderá mudar. No fundo trata-se de música ligeira, despretensiosa e divertida. O próprio músico revelou sentido de humor perante o ambiente engraçado e descontraído que se gerou, chegando a questionar um fotógrafo se a foto era para a Visão, já que se o Tony Carreira aparecia na Visão ele também queria aparecer.
José Cid não é pimba, é talvez kitsch e faz parte do imaginário musical deste país. Por isso termino com o refrão de um dos seus grandes êxitos que vos dedico e que em apoteose marcou a sua primeira retirado do palco (haveria de regressar três vezes):
Vem viver a vida amor,
que o tempo que passou
não volta mais.
Sonhos que o tempo apagou,
mas para nós ficou,
esta canção!
9 Comentários:
At 11:43 da manhã, abril 04, 2006, Mónica Lice said…
Lindo este post, fez-me sorrir e cantarolar!:))
At 12:12 da tarde, abril 04, 2006, LM said…
Brilhante! Brilhante como lantejoulas prateadas! :) foi um prazer partilhar esta catarse ultradimensional! Espero que surjam mais oportunidades!
"Adio adieu, aufiedersehen, goodbye
Amore amour, meine liebe, love of my life
Se o nosso amor findar
Só me ouvirás cantar
Adio adieu, aufiedersehen goodbye"
É muita a sabedoria deste grande senhor! Que provou estar em forma! E espero que apareça mesmo na Visão :)e viva o Maxime! viva! bjos L.
At 1:55 da tarde, abril 04, 2006, Pitucha said…
Pensando bem, não tenho nenhum CD dele e sei montes de músicas de cór! Vou ter que comprar o do refrão que me foi dedicado.
:-)
Obrigada Periférico
Beijos
At 2:20 da tarde, abril 04, 2006, Penélope said…
Ohhhhhh, então cruzaste-te com os meus irmãos, eles tb lá estiveram e adoraram! Tive pena… estava muito longe!!
Assino por baixo - José Cid é «kitsch«, ele faz parte do meu imaginário musical!
Penélope
At 5:30 da tarde, abril 04, 2006, Carlota said…
Acho que sei a letra toda da música de que extraíste os versos para o título do teu post... É que eu era a "cantora de serviço" lá de casa e nas festas tinha um vasto repertório de que faziam parte o José Cid, os Gemini, as Cocktail e outros igualmente esquecidos...
Beijola
At 6:15 da tarde, abril 04, 2006, Sara MM said…
Canta coisas muito bonitas, sim senhor. E nem por isso lamechas.
Mas na Praça da Alegria só conheço o HotClubP.
BJs
At 8:57 da tarde, abril 04, 2006, teresa.com said…
eheh, estas duas eu conhecia... e acho que conheco ainda mais algumas! Afinal o senhor ja foi famoso!
At 12:52 da manhã, abril 05, 2006, Kalinka said…
Quer então dizer que o meu Amigo veio dar uma voltinha até Lisboa, num fim de semana, para assistir a um concerto espectacular...
Muito bem e Parabéns pela homenagem que fazes a alguém que já nos representou com toda a categoria - José Cid.
Beijokas.
At 9:31 da manhã, abril 05, 2006, CS said…
Não devias ter revelado! Eu acertaria!
Conheces a foto dele nú agarrado ao disco de platina? Lindo!!!!
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