Frágeis
Vivemos tempos modernos em que nos vendem a ideia de sermos todos super-homens, expoentes máximos da competência, da produtividade. Ora, nada mais de errado, o ser humano não é perfeito, tem imperfeições com que deve aprender a viver.
O facilitismo impera e o super-homem aprende a contornar a realidade, tomar atalhos, tudo menos enfrentar o estorvo. Estes são tempos que se dão mal com aquilo que de mais humano há: as imperfeições e as fraquezas. Tempos materialistas em que o ter é mais importante que o ser, em que uma pretensa felicidade se alcança através do acessório. Tempos sem um ideal, um desígnio, somente uma busca por um hedonismo desprovido do essencial: a aceitação de si próprio, real e imperfeito.
Quem sabe se o segredo da felicidade não é saber viver bem com a nossa fragilidade?
O facilitismo impera e o super-homem aprende a contornar a realidade, tomar atalhos, tudo menos enfrentar o estorvo. Estes são tempos que se dão mal com aquilo que de mais humano há: as imperfeições e as fraquezas. Tempos materialistas em que o ter é mais importante que o ser, em que uma pretensa felicidade se alcança através do acessório. Tempos sem um ideal, um desígnio, somente uma busca por um hedonismo desprovido do essencial: a aceitação de si próprio, real e imperfeito.
Quem sabe se o segredo da felicidade não é saber viver bem com a nossa fragilidade?
13 Comentários:
At 5:09 da tarde, maio 19, 2006, LM said…
Eu sei. Que sim. Conhecer as nossas fraquezas e imperfeições, aprender a aceitá-las e a viver com elas, é a grande força do ser humano. Só assim não passaremos pela vida a fugir de algo, ou pior de nós próprios. Isso sim, é terrível. Um desperdício. Beijos e é sempre um prazer ler o que se passa na Periferia :) LM
At 5:32 da tarde, maio 19, 2006, Mónica Lice said…
A felicidade faz-se de pequenos momentos... mesmo os mais dificeis!
At 5:56 da tarde, maio 19, 2006, 125_azul said…
E quando reconheces e aceitas a fragilidade, não a transformas então em força para ser feliz? Que seja assim, frágil, forte e feliz. Pessoa.
At 7:57 da tarde, maio 19, 2006, papoilasaltitante said…
O pior é ue essa cultura de facilitismo começa na mais tenra idade. E eu que o diga... :(
Bjs
At 8:06 da tarde, maio 19, 2006, Folha de Chá said…
Isso mesmo. :) Conseguir aceitar defeitos tão bem quanto forças. :) Bom fim-de-semana.
At 10:51 da tarde, maio 19, 2006, Carlota said…
Interessante reflexão...
Mas se a resposta à tua pergunta for positiva, há muita gente que vai ficar infeliz, precisamente por não esperarem isso de nós...
Beijola.
At 12:21 da manhã, maio 20, 2006, CS said…
pois. lá isso é. dúvida metódica secular. a felicidade é... não pensar. dizia o outro, que eu não penso.
At 11:03 da manhã, maio 20, 2006, MJ said…
Se não soubermos aceitar as nossas fragilidades não nos aceitamos como somos e vivemos numa ilusão. As fragilidades não são uma vergonha, têm que, isso sim, ser aproveitadas de forma positiva.
At 7:53 da tarde, maio 20, 2006, MJM said…
Nas nossas fragilidades está a nossa força! Penso que são elas o motor para a conquista daquilo que queremos construir em nós, com os outros e para todos. A felicidade não é algo passivo, estacionário, em que queremos mover-nos sem esforço, mas implica construção, é algo de dimensional que se constrói e se obtém a cada momento com aquilo que nos é dado viver e muitas vezes chega sem aviso. Simultaneamente conscientes daquilo que é posto nas nossas mãos executar o "malabarismo" da vida. Temos realmente o direito de experimentar a felicidade mas mais do que isso temos obrigação de nos tornarmos pessoas felizes, visto que consiste em viver com verdade cada circunstância...
At 9:33 da tarde, maio 20, 2006, Sinapse said…
Hum ... isto dá pano para mangas! Por exemplo ... para ser advogada do diabo, eu pergunto:
- ao aceitarmos sempre as nossas fragilidades e as nossas imperfeições, não corremos também o risco de sermos demasiado indulgentes connosco e de cair num facilitismo pessoal?...
At 4:05 da tarde, maio 21, 2006, Pitucha said…
Aceitar que não somos perfeitos, aceitar que a felicidade não é um estado permanente talvez seja a chave para viver bem!
Premissa demasiado difícil de aceitar nestes tempos que correm...
Beijos
At 8:03 da tarde, maio 21, 2006, Sukie said…
Na sociedade em que vivemos as pessoas têm medo de mostrar as suas fragilidades e assim ninguém o faz, porque quem o fizer é tomado por fraco, mesmo que quem o tome por fraco seja ainda mais frágil pois não tem a coragem de assumir que o é. Não existe um ser humano que não tenha inseguranças e fragilidades. Alias, quem parece ser mais forte é na verdade quem é mais fraco e sente a nececessidade de esconder as suas fraquezas para poder ter a ideia de estar no controle das coisas e das situações....
At 3:04 da tarde, maio 29, 2006, izzolda said…
Assumirmos as nossas fragilidades é meio caminho andado para as eliminarmos ou trabalharmos para que cada vez sejam menos fragilidades e mais...pontos menos fortes :)
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