Vertigem Azul
A 11 de Abril de 2007 o francês Loïc Leferme, ex-recordista do mundo de mergulho em apneia deu o seu último mergulho. Uma falha técnica no mecanismo que o devia içar até à tona durante um treino foi-lhe fatal e acabou por falecer de paragem cardíaca. Loïc Leferme andava a treinar para recuperar o seu recorde e ultrapassar a marca de 183 metros estabelecida em Agosto de 2006 pelo austríaco Herbert Nitsch. Era metódico, treinava duas vezes por semana, cinco metros mais abaixo de cada vez, até chegar à profundidade do recorde que pretendia estabelecer.
"Se fosse um animal, gostava de ser um choco. É um animal capaz de se adaptar e de inventar: tem memória das cores e consegue “fundir-se” na paisagem. Gosto de todos os animais que são capazes de se adaptar. São frágeis e precisam de encontrar soluções sem se violentarem. Acontece o mesmo com o homem, na água está fragilizado, mas é suficientemente inteligente para usar essa fragilidade e adaptar-se." Era este desafio de adaptação a condições adversas que atraía Loïc Leferme a esta modalidade radical. E a sua vantagem sobre outros mergulhadores era o seu método de treino sistemático e organizado, que lhe permitia ir adaptando o seu corpo aos desafios da profundidade e dispensar certas técnicas de compensação ditas como indispensáveis nesta modalidade.
Loïc Leferme foi traído por uma falha técnica e hoje é lhe prestada uma última homenagem pública em Villefranche-sur-Mer.
"- Tu sais ce qu'il faut faire pour vivre au milieu des sirènes ?
- Non, quoi ?
- Tu descends au fond de la mer très loin, si loin que le bleu n'existe plus, là où le ciel n'est plus qu'un souvenir. Une fois que tu es là dans le silence, tu y restes et si tu décides que tu veux mourir pour elles, rester avec elles pour l'éternité alors elles viennent vers toi et jugent l'amour que tu leur portes, s'il est sincère, s'il est pur et si tu leur plais alors elles t'emmèneront pour toujours." in Le Gran Bleu de Luc Besson
"Se fosse um animal, gostava de ser um choco. É um animal capaz de se adaptar e de inventar: tem memória das cores e consegue “fundir-se” na paisagem. Gosto de todos os animais que são capazes de se adaptar. São frágeis e precisam de encontrar soluções sem se violentarem. Acontece o mesmo com o homem, na água está fragilizado, mas é suficientemente inteligente para usar essa fragilidade e adaptar-se." Era este desafio de adaptação a condições adversas que atraía Loïc Leferme a esta modalidade radical. E a sua vantagem sobre outros mergulhadores era o seu método de treino sistemático e organizado, que lhe permitia ir adaptando o seu corpo aos desafios da profundidade e dispensar certas técnicas de compensação ditas como indispensáveis nesta modalidade.
Loïc Leferme foi traído por uma falha técnica e hoje é lhe prestada uma última homenagem pública em Villefranche-sur-Mer.
"- Tu sais ce qu'il faut faire pour vivre au milieu des sirènes ?
- Non, quoi ?
- Tu descends au fond de la mer très loin, si loin que le bleu n'existe plus, là où le ciel n'est plus qu'un souvenir. Une fois que tu es là dans le silence, tu y restes et si tu décides que tu veux mourir pour elles, rester avec elles pour l'éternité alors elles viennent vers toi et jugent l'amour que tu leur portes, s'il est sincère, s'il est pur et si tu leur plais alors elles t'emmèneront pour toujours." in Le Gran Bleu de Luc Besson
5 Comentários:
At 9:26 da manhã, abril 18, 2007, Pitucha said…
Ao menos morreu a fazer aquilo de que gostava!
Beijos
At 10:53 da manhã, abril 18, 2007, Carlota said…
Que aflição!... A mim, mete-me muita confusão o mergulho!...
At 11:59 da manhã, abril 18, 2007, panamá said…
Bem, que notícia triste! Fica, então a homenagem a um amante do que fazia e excelente profissional, não será?Beijinhos, minha jóia!
At 10:48 da tarde, abril 18, 2007, purita said…
o texto francês é muito bonito!fizeste uma boa associação, a citação transforma-se numa bonita homenagem!
At 7:16 da tarde, abril 19, 2007, MJM said…
A homenagem é bonita,morreu a fazer o que gostava já não me parece tão conclusivo... porque não chegou a finalizar o que queria. A mim faz-me muita impressão estes limites de PROVAS! Não me parecem nada importantes. E que morte!, eu que gosto infinitamente de ver o mar, os rios, água com vida, mas eu a dominá-la me assusta.
Beijos
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