Periférico

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sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Miss Camille

Quem pensa que aqui na Bélgica tudo começa a horas, está redondamente enganado. Ontem um concerto que era suposto começar às 21:00 horas, o que já é tardíssimo por estas bandas, começou com 45 minutos de atraso. É certo que estes 45 minutos deram tempo para que a sala do Jazzstation ficasse composta, mas confesso que já não estava habituado a atrasos desta envergadura...

Embora o clube Jazzstation, como o nome indica se tratar de um lugar que privilegia o Jazz tem agora um ciclo intitulado "Borderline" em que numa quinta-feira por mês se abre a outras músicas: Blues, Soul, World, Fusion, Funk, Latin Music, etc…

O programa anunciava Miss Camille como: "un savant mélange de Hip-Hop et de Soul qu’on appelle plus couramment Nu-Soul". Confesso que desconhecia de todo esta nova corrente embora o programa me esclareça que "La Nu-Soul est un authentique courant actuel". E não sei se a mistura é assim tão sábia, gostei quando se aventuraram nos terrenos do Funk, menos quando enveredaram por uma vertente mais de Hip-Hop. Quanto aos músicos surpreendeu-me que numa formação deste género o baixista fosse mediano, para não dizer sofrível. Uma música que vive do ritmo precisava, na minha opinião, de um baixo mais dinâmico. Os outros músicos estavam claramente num nível bem superior com destaque para o guitarrista e baterista. Quanto à voz, Camille De Bruyn é aquilo se costuma apelidar de uma branca com voz de negra, grave e envolvente, embora por vezes abusasse de alguns trejeitos vocais completamente acessórios.

Resumindo, tratou-se de um serão agradável, numa sala com um público mais jovem do que aquele que costuma estar nos dias de Jazz e que me fez conhecer o "Nu-Soul", seja lá o que isso queira dizer… Mas é sempre bom mantermo-nos actualizados! ;-)

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