Periférico

Um Blog desalinhado, independente e situado à margem do politicamente correcto! O olhar de um Periférico na periferia da Europa.

sexta-feira, setembro 30, 2005

Surdez selectiva

Ora aqui está um estudo verdadeiramente útil para todos os seres masculinos deste país. Investigadores da Universidade de Sheffield concluíram que o cérebro masculino demora mais tempo a processar a voz feminina do que a de pessoas do mesmo sexo. Esta conclusão permite uma justificação plausível e científica da próxima vez que selectivamente fizermos ouvidos moucos a algo que a nossa parceira nos diga:

“Querida não foi por indelicadeza mas existe uma razão neurológica que me impede de te escutar devidamente.”

Até já imagino a resposta. Se for aqui no norte será qualquer coisa como:

“O quê?”

Segundo o mesmo estudo a voz feminina é muito mais complexa que a masculina, obrigando a um maior esforço e atenção por parte dos homens para a decifrar. Em estudos anteriores já se tinha demonstrado que as mulheres usam os dois lados do cérebro na audição enquanto os homens apenas utilizam o lado esquerdo. Ora como os homens só empregam um dos lados do seu cérebro na audição torna-se muito mais cansativo para eles decifrar a complexa voz das mulheres.

Não é por má vontade que não vos escutamos, existe uma explicação científica. Da próxima vez que nos mandarem lavar loiça, levantar a mesa, aspirar a casa ou por o lixo no contentor sejam condescendentes connosco, uma vez que certamente o nosso cérebro masculino irá decifrar muito lentamente essa informação! Está na nossa natureza.




(P.S. Este texto foi inspirado por um artigo da revista Sábado do passado dia 9.09.2005 que recebi por e-mail. Clicar na foto para ver artigo na íntegra.)

quinta-feira, setembro 29, 2005

Azul Desbotado

Nunca se atiram foguetes antes da festa, já devia saber isto! Como diz o saber popular: "No melhor pano cai a nódoa". Paciência, felizmente a vida é muito mais que Futebol!!!

quarta-feira, setembro 28, 2005

Periférico Azul

Hoje o dia amanheceu enevoado aqui pela periferia, mas lentamente o Azul foi tomando conta do céu e este parece ser mesmo um dia pintado de Azul. Se não vejamos, na banca dos jornais as primeiras e últimas páginas dos diários estão Azuis, numa manobra de marketing da TMN para divulgar a sua nova imagem. E não podiam ter escolhido melhor dia é que hoje o Futebol Clube do Porto comemora 112 anos e logo há noite joga no Dragão para a Liga dos Campeões.

Desculpem-me o meu fervor clubista, mas não é todos os dias que se comemoram 112 anos de existência!



Poooooooooooooooorto!!!

segunda-feira, setembro 26, 2005

Garfield versus Monday

sexta-feira, setembro 23, 2005

Periférico Biológico



Ontem, em pleno coração da Europa, arrastado por um alemão, na companhia de dois franceses e um norueguês, fui desaguar num restaurante biológico.

Há sempre uma primeira vez para tudo, a curiosidade faz parte do ser humano e leva-o a experimentar coisas novas. Imbuído desta normal curiosidade lá alinhei na aventura de experimentar a comida biológica.

Primeira dificuldade foi decifrar o menu, à boa maneira francófona os nomes dos pratos são pomposos e por vezes enganadores. Latino como sou fui tentado pelo prato que se intitulava apropriadamente: Les Pennes aux Saveurs du Sud.

Totalmente vegetariano este prato composto de massa (Les Pennes), tomate, azeitonas e temperado com azeite, sal e pimenta revelou-se uma agradável surpresa. Delicioso, original e nutritivo. A lembrar de facto os sabores da minha origem latina e mediterrânica.

Ontem o Periférico foi agradavelmente surpreendido pelo coração da Europa, que o brindou com sol e estes sabores “biológicos” do sul.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Periférico vai ao Centro


Periférico vai ao centro por motivos profissionais, mas volta rápido!

segunda-feira, setembro 19, 2005

Blazer ilusionista

Em tempos escrevi sobre o problema da logística masculina e de como o Blazer era para mim uma peça de vestuário indispensável para arrumar toda a tralha do nosso quotidiano: carteira, chaves, telemóvel, agenda, caneta, lenços, etc…

Ao folhear a nova revista do público Dia D sou surpreendido por um Blazer desportivo com espaço e arrumação para todo o tipo de gadgets (palavra gira esta não é?) do nosso tempo.

No press release deste produto pode ler-se : Combining European styling with American ingenuity, the TEC sport jacket is the epitome of functional fashion. Que quererá isto dizer? Combinando o estilo europeu com a ingenuidade Americana? Nunca pensei que os americanos fossem ingénuos, mas eles lá sabem.


Do exterior o Blazer parece tradicional, no entanto, no seu interior encontram-se 14 bolsos escondidos e ergonómicamente desenhados, uma PAN (Personal Area Network) e ainda uma série de características únicas destinadas a tornarem a nossa vida mais fácil.

Não fazem ideia do que é uma PAN? Eu também não sabia, mas de acordo com o mesmo press release trata-se de uma série de canais internos escondidos que permitem, ao afortunado utilizador deste Blazer, conectar uma série de dispositivos sem ficarem nenhuns fios visíveis.

Se já estão supreendidos, então agora imaginem que, através dum painel que se prende as costas, este Blazer ainda tem a particularidade de permitir recarregar baterias de dispositivos electrónicos transformando-se num autêntico casaco solar.

Será este o Blazer de que eu preciso? Duvido porque com tanto bolso e forro é bem capaz de ser quente demais para o Verão, mas quem sabe se no Inverno não é capaz de se revelar bem útil ;-)

sexta-feira, setembro 16, 2005

Encontro no Castelo de Algodão

Pamukkale (castelo de algodão) é um dos mais famosos cartões turísticos da Turquia. Formação calcária, faz lembrar claras em castelo, neve cristalizada. Uma paisagem que nos remete para outro mundo, outras paragens do universo.



No meio deste cenário “surreal” sou abordado por alguém que me pergunta se sou brasileiro, porque estou a envergar a minha t-shirt “TOMME CACHAÇA”. Logo, sou levado a concluir que a escolha da indumentária desse dia me proporcionou um encontro insólito com um “carioca da gema”, que se encontra a fazer uma volta ao mundo em 9 meses (um pouco mais que os 80 dias do Phileas Fogg).

Este carioca, Allan Vasconcellos, é jornalista e tenciona escrever um livro no final da sua aventura. Começou pela Bolívia, Peru, Brasil (Amazônia), Venezuela, e naquele momento encontrava-se na Turquia. Por enquanto podemos ir acompanhando as suas peripécias no site: www.mundanos.com.br. Neste momento os mundanos encontram-se no Egipto.

Que bom é viajar!

terça-feira, setembro 13, 2005

Grande Bazar de Izmir - Impressões de uma rápida visita

A cidade de Izmir tem cerca de 3 milhões de habitantes e é a 3ª maior cidade da Turquia. O seu símbolo é um belo relógio encomendado pelo Sultão de então para incutir os hábitos ocidentais no povo turco e que foi inaugurado em 1901.

Fui desaguar directamente no Grande Bazar de Izmir. O Táxi parou junto a uma loja de dois andares que fui “convidado” a visitar. No seu interior todo o tipo de produtos típicos que tinha visto dispersos por outras lojas se encontravam disponíveis, desde o tradicional Narguilé às imitações de carteiras D&G. Um mundo de artigos, de cores, de preços.

Brindado pela tradicional hospitalidade dos comerciantes turcos bebi água e chá de maçã e fumei Narguilé. A operação de marketing não resultou na totalidade uma vez que optei por não adquirir o Narguilé. A incomodidade do transporte, a estética e o preço demasiado flutuante pesaram nesta minha decisão.

O Bazar de Izmir é constituído por uma série de ruas povoadas por lojas em tudo o que é porta. O rendilhado das várias ruas e a sua parecença tornam este Bazar, à semelhança de outros, um pouco labiríntico. No meio das minhas deambulações encontrei uma loja de CD’s. Esta foi a loja em que perdi mais tempo, o meu interlocutor era simpático, paciente e conhecedor. Penso ter feito um bom negócio, com um CD de oferta e uma atenção especial no arredondamento do câmbio para euros.

Regressei ao final da tarde com o meu simpático taxista que pouco falava e com quem a linguagem gestual foi fundamental.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Parvoíce de 2ª feira

Para quem pensava que o cu do mundo não existe aqui fica a prova:

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sexta-feira, setembro 09, 2005

Curiosidades Turcas



#1 Os turcos parecem ser um povo de comerciantes, tal é a miríade de lojas e vendedores de rua. Tudo serve para vender, desde o vendedor de carteiras e perfumes europeus, até uns curiosos vendedores de estetoscópios e medidores de tensão, passando por um negócio original de balanças para as pessoas aferirem o seu peso e assim a sua saúde: “Check your health” anuncia um cartão junto de uma vulgar balança por cima dum tapete à espera de clientes. Negócio curioso este :-).

#2 Os turcos têm uns sapatos pontiagudos que devem ser reminiscências do seu calçado antigo, do tempo dos sultões e do Império Otomano. São um misto de botas de cowboy com lâmpada de Aladino. A ponta é levantada, o que me leva a crer que um 40 deve ter o comprimento de um 42 ou 43 normal. Calçado exótico este, deve ser bom para matar baratas. ;-)

Bom fim-de-semana.

quarta-feira, setembro 07, 2005

É uma perspectiva! ;-)



(P.S. Recebida por E-mail)

segunda-feira, setembro 05, 2005

Aldeia Global?

A globalização já faz parte do nosso quotidiano laboral. Leiam este artigo que dá um bom exemplo da globalização da linguagem, para verem do que falo.

sexta-feira, setembro 02, 2005

One Lap, Two continents



Istambul é uma cidade mágica. Uma cidade que fervilha de vida e cosmopolita. Uma cidade milenar onde vários séculos se cruzam na mesma linha do horizonte. Para um ocidental é verdadeiramente mágico ver como o oriente e ocidente se fundem neste ponto do globo, num encontro de culturas, credos e gentes.



One Lap, two continents era o slogan publicitário do 1º Grande Prémio de F1 da Turquia e não podia estar mais bem conseguido. Atravessando uma ponte ou apanhando um dos ferries é possível saltar de um continente para o outro em questão de minutos. No fundo, pode-se ter uma casa com vista para Ásia ou para Europa.

Istambul é uma cidade definitivamente a descobrir, eu fiquei com vontade de lá voltar.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Rentrée

Regressado de umas retemperadoras mas sempre curtas férias passadas entre dois continentes eis que estou de volta e me deparo com a mediocridade nacional. Já não bastava durante as férias ligar a CNN e deparar-me diariamente com o Portugal Wildfires intercalado entre a retirada dos colonatos judaicos da faixa de Gaza e a aprovação ou não da nova constituição Iraquiana, como agora assistir ao anúncio duma “surreal” candidatura presidencial de alguém que ainda há poucos meses dizia que essa sua atitude seria um erro tremendo. Desonestidade intelectual? Vaidade? Os pavões também se abatem. Este anúncio só torna cada vez mais verdadeira a iluminada frase que um dia Pimenta Machado (antigo presidente do Vitória de Guimarães) aplicou ao Futebol e que cai que nem uma luva na política “O que hoje é verdade amanhã é mentira”. Só se fala em renovação, regeneração quando é conveniente e a política transformou-se numa colecção de cromos repetidos, vaidades, amigalhaços e compadrios disfarçados sobre o nobre e propalado interesse Nacional. Se esta candidatura visa pelas palavras do próprio sacudir o pessimismo, a mim deixa-me cada vez mais pessimista por evidenciar como a última década não gerou nenhuma personagem política capaz de mobilizar a sociedade portuguesa, dar-lhe esperança e um rumo. Portugal parece um barco à deriva no mar e D. Sebastião tarda em chegar!