Periférico

Um Blog desalinhado, independente e situado à margem do politicamente correcto! O olhar de um Periférico na periferia da Europa.

quinta-feira, junho 29, 2006

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... a emissão segue dentro de momentos...

...offline...

segunda-feira, junho 26, 2006

Remédio só com receita...

Numa pequena cidade do interior, lá no Brasil (SP), uma mulher entra numa farmácia e fala ao farmacêutico:

- Por favor, quero comprar arsênico.
- Mas, não posso vender isso ASSIM ! Qual a finalidade ?
- Matar meu marido !!
- Pra esse fim... piorou... não posso vender !!!

A mulher abre a bolsa e tira uma fotografia do marido, na cama com a mulher do farmacêutico.

- Ah bom..... a senhora não me disse que tinha receita !

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail)

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terça-feira, junho 20, 2006

Caberá o Humor na Música?

Esta era a pergunta que no sábado passado o Remix Ensemble tentava responder em concerto na Casa da Música . Já suspeitava qual seria a resposta a esta pergunta quase de retórica, depois de assistir à execução das peças escolhidas torna-se ainda mais evidente que só pode ter como resposta possível um redondo e orgulhoso sim.

Foram apresentadas cinco peças de compositores contemporâneos, dos quais apenas György Ligeti já não se encontra entre nós. O público teve ainda o raro privilégio de em duas das peças ver os respectivos compositores a subir ao palco para receberem os merecidos aplausos, ou não fosse a música contemporânea uma música feita hoje em dia por vivos para os vivos.

Uma bela surpresa este concerto, dá orgulho que a Casa da Música tenha como agrupamento residente o Remix Ensemble , um conjunto certamente ao mais alto nível do que se faz por aí internacionalmente.

segunda-feira, junho 19, 2006

Provérbios só para gente erudita...

Expõe-me com quem deambulas e a tua idiossincrasia augurarei.
(Diz-me com quem andas e te direi quem és)

Espécime avícola na cavidade metacárpica, supera os congéneres revolteando em duplicado.
(Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar)

Ausência de percepção ocular, insensibiliza o órgão cardial.
(Olhos que não vêem, coração que não sente)

Equino objecto de dádiva, não é passível de auscultação odontológica.
(A cavalo dado não se olham os dentes)

O globo ocular do perfeito torna obesos os bovinos.
(O olho do amo engorda o gado)

Idêntico ascendente, idêntico descendente.
(Tal pai, tal filho)

Descendente de espécime piscícola sabe movimentar-se em líquido inorgânico.
(Filho de peixe sabe nadar)

Pequena leguminosa seca após pequena leguminosa seca atesta a capacidade de ingestão de espécie avícola.
(Grão a grão enche a galinha o papo)

Tem a monarquia no baixo ventre
(Tem o rei na barriga)

Quem movimenta os músculos supra faciais mais longe do primeiro, movimenta-os substancialmente.
(Quem ri por último ri melhor)

Quem aguarda longamente, atinge a exaustão.
(Quem espera desespera)

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail)

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quarta-feira, junho 14, 2006

Bridge

Na música dita popular (pop) refere-se a um interlúdio que liga duas partes de uma canção, é uma secção contrastante que prepara o regresso à secção material original.

Eu com um dia de férias vou fazer um interlúdio de 4 dias do meu quotidiano material original, em bom português vou fazer uma ponte bem merecida. Por isso desejo um bom feriado e um bom fim-de-semana prolongado ou não conforme seja o caso!

Divirtam-se!;-)

terça-feira, junho 13, 2006

Compositor Periférico

A música contemporânea está mais pobre. O compositor György Ligeti, de nacionalidade austríaca mas de origem húngara, morreu ontem aos 83 anos. Ligeti nasceu em 1923, filho de pais húngaros, na Transilvânia, (região magiar tornada romena em 1920), e refugiou-se na Alemanha, após o levantamento popular anticomunista de 1956.

Nunca mais me esqueci do impacto que a sua música teve em mim a primeira vez que a ouvi. Foi em 1999, numa récita memorável da sua ópera “Le grand Macabre” no Teatro Nacional de São Carlos, em que fiquei impressionado pela música e encenação. Foi a primeira ópera contemporânea a que assisti, primeiro estranhei mas depois entranhei, e de tal forma que uns tempos mais tarde acabei mesmo por comprar o CD da versão inglesa.

A partir daí fiquei um curioso da sua música, hoje homenageio-o ouvindo de novo excertos da sua ópera “Le grand Macabre” , com particular relevo para o Car Horn Prelude com que inicia.

segunda-feira, junho 12, 2006

Inadaptado

Em 1961 Jonh Huston realizou um filme que iria ser o último de Clark Gable e Marilyn Monroe, o que lhe trouxe uma aura de filme maldito e de culto. The Misfits (1961), é um filme acerca de um grupo de personagens que de certa maneira não encaixa bem no mundo, ou seja, um grupo de inadaptados. Fui roubar este título e lembrei-me deste filme pelo simples facto de hoje ser segunda-feira, ou seja, um dia em que me sinto sempre deslocado e inadaptado ;-)

Alcoolémia

Ia tão bêbado, tão bêbado que quando fez análises ao sangue...deu JB Positivo!

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail)

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sexta-feira, junho 09, 2006

Dança de Letras

As letras dançam na minha cabeça em movimentos largos e energéticos, dão voltas e voltas sem parar até que de repente uma palavra acaba por se formar:

Fim

A seguir da roda vida de caracteres que rodopiam nas paredes interiores do meu cérebro cai um traço:

-

Em sequência numa dança latina e apaixonada um D e um E se enroscam e abandonam a pista de dança:

De

Sucede-lhes outro traço que certamente veio atrás do primeiro:

-

De repente seis letras se amontoam num dos cantos, sem ordem e sempre a trocar de lugar, até que, talvez cansadas de tanta agitação, se posicionam ordeiramente encostadas umas às outras:

Semana

O rodopio termina, a calma envolve agora o meu espírito e as letras retornam para os seus aposentos. Há um fim-de-semana para gozar, divirtam-se! ;-)

quinta-feira, junho 08, 2006

Franz Ferdinand

Imaginem um cota, trintão, de pijama, esticado no sofá em frente à televisão e completamente hipnotizado pela energia que saía do ecrãn e colunas... Conseguem imaginar? Mais ou menos? Foi o que me aconteceu hoje por volta da uma da manhã com a transmissão ao vivo do concerto dos Franz Ferdinand no Super Bock Super Rock pela Sic Radical. E que concerto, se eu bem instalado e confortável no sofá fui contagiado pela energia emanada pela banda em palco, imagino a loucura que deve ter sido para quem assistiu ao vivo. Foi de tal maneira que apesar de só ter dormido 5 horas, acordei bem disposto e cheio de energia, provavelmente ainda contagiado pelas vibrações emanadas daquele palco.

São bandas como esta, que de tempos a tempos aparecem, como as boas colheitas vinícolas, que me fazem acreditar que o Rock e as bandas de guitarras jamais morrerão! A voz grave e de veludo do vocalista é das melhores que por aí andam, atitude não lhes falta e como conjunto são mesmo uma banda, coesa e bem oleada! O Reino Unido ainda é um viveiro de boa música, o Rock Britânico está de boa saúde e recomenda-se.

E onde fica o direito do consumidor?

Um mau presságio ocorreu ontem com o anúncio por parte do ministro da Economia da compra de 40% das Auto-Estradas do Atlântico (AEA) por parte da BRISA evocando que esta operação corresponde a “interesses fundamentais da economia nacional”. Nestes tão propalados interesses não deve constar com certeza o direito do consumidor, uma vez que Alta Autoridade da Concorrência (AdC) tinha chumbado a operação.

Ou seja, com esta decisão abre-se um precedente típico em Portugal dos pareceres não vinculativos, para que servirá a AdC afinal? Para quê investir os seus recursos humanos e massa cinzenta a estudar os dossiers da OPA da Sonae sobre a PT e do BCP sobre o BPI, se lhe basta perguntar ao ministro da Economia se estas operações no entender do Governo correspondem aos “interesses fundamentais da economia nacional”? Se este responder que sim para quê perder tanto tempo, a menos que a decisão independente da AdC vá na do sentido do governo e este a use assim para legitimar a sua decisão.

Mais um mau exemplo em que Portugal é pródigo, criam-se instituições que à partida terão independência e autonomia para decidir e depois esvazia-se o poder das suas decisões para se poder manobrar à vontade do freguês. E mais uma vez quem fica a perder é o cidadão na sua vertente de consumidor.

quarta-feira, junho 07, 2006

Perdidos na Estante

Todos os anos por esta altura um pensamento pragmático percorre a minha mente: porquê ir à feira do livro comprar livros se alguns deles ficam perdidos na estante? Mas por mais prático que queira ser e por mais contido que seja em termos financeiros, o facto é que acabo todos os anos por comprar alguns livros na feira do livro. Uns por impulso, outros para completar uma trilogia ou uma colecção, outros por motivos de honra profissional. É certo que ao inspeccionar as minhas estantes relembro outras feiras e outros livros que fui acumulando, alguns deles ainda pacientemente esperando o seu momento para serem saboreados. Contudo, isso não impede que todos os anos sinta o impulso de deambular pela feira em busca da novidade, da surpresa ou da raridade. Há que ser optimista, todos os livros adquiridos terão o seu tempo, a sua utilidade nem que seja somente saber que os tenho na estante e os posso folhear a qualquer momento.

terça-feira, junho 06, 2006

666

Eu cá não sou supersticioso, mas parece que para alguns este número dá azar. Ouvi hoje de manhã na TSF que no Reino Unido algumas grávidas próximas de dar a luz andam a ter pesadelos, a dormir mal e ansiosas porque não querem que o seu bebé nasça hoje no dia da besta 06/06/06. E solicitam aos médicos para que tal não aconteça, provavelmente têm o fundado receio que se os seus bebés nascerem hoje serão filhos do demo, que falta de confiança nos seus maridos ou parceiros, elas lá sabem o que andaram a fazer… ;-)

Agora preparem-se porque descobri na wikipedia que esta fobia pelo número da besta tem um nome de tirar o fôlego "Hexakosioihexekontahexaphobia", só de o tentar dizer não me apetece nada ter esta fobia, já me imagino na consulta:

- Então de que é que se queixa?

- Sabe senhor doutor sofro de "Hexakosioihexekontahexaphobia"…

- Huuumm, hexa quê?

- Tenho fobia do número 666...

- Porque não disse logo homem, assim fica mais fácil de entender…

Embora eu pessoalmente não consiga compreender estes medos das idades das trevas em pleno século XXI, não deixo de achar uma certa graça a estas superstições.

segunda-feira, junho 05, 2006

O CÓDIGO D' AVINTES

Sinopse

A acção decorre em Avintes, no concelho de Vila Nova de Gaia. Hermenegildo Rui Lopes, conceituado filósofo e gastrónomo, está no salão da Junta de Freguesia a proferir uma conferência sobre «A Implantação da República e a Gnosiologia da Broa de Avintes» quando recebe uma notícia inesperada: a velha Maria Tarreca, a maior especialista na fabricação da iguaria, foi encontrada morta com um código indecifrável no bolso da bata:

500 FM. 300 CT. 5-6 czd.

Com o propósito de decifrar o estranho código, Hermenegildo Rui Lopes e uma jovem historiadora francesa, Sophie Saulnier, intentam deslindar o caso. Perdidos na investigação, chegam a telefonar ao Nuno Rogeiro e ao Prof. Marcelo, que costumam saber tudo. Debalde, porém. Aos poucos, vão descobrindo uma série de pistas inscritas nos monumentos da localidade. Tudo se complica quando Hermenegildo descobre uma surpreendente ligação: a cozinheira morta estava envolvida com o Priorado de Avintes, uma sociedade secreta fundada no segundo quartel do século XVIII ­ e à qual tinham pertencido o conde de Aveiras, o príncipe das Astúrias (D. Fernando, futuro Fernando VI de Espanha), a Madre Paula de Odivelas e o próprio rei D. João V. Pretendia a oculta organização criar a RABA (Real Academia da Broa de Avintes) e introduzir o estilo barroco na culinária lusa e logo Sophie alvitra que a cúpula de côdea rija da broa semelha os tectos abobadados da arte barroca. (Broa, barroca: simples abreviatura, ou perda de letras com a erosão do tempo.)

Finalmente, os dois investigadores conseguem descriptografar o enigmático código. Era a receita da broa:

500 gramas de farinha de milho;

300 gramas de centeio;

5 a 6 horas de cozedura.

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail.)

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sexta-feira, junho 02, 2006

Nostalgias


"...But don't forget the songs
That made you cry
And the songs that saved your life
And when you're dancing and laughing
And finally living
Hear my voice in your head
And think of me kindly..."

Morrissey

Bom fim de semana! :-)

quinta-feira, junho 01, 2006

Auster, Príncipe das Letras

O escritor norte-americano Paul Auster foi ontem distinguido com o prémio Príncipe das Astúrias das Letras. Numa coincidência digna das suas histórias, o escritor recebeu a notícia aqui em Portugal, nas Azenhas do Mar, onde se encontra a rodar a sua segunda película: “A Vida Interior de Martin Frost”.

Na Acta do Júri do Prémio Príncipe das Astúrias das Letras 2006 pode ler-se:

"(…) pela renovação literária que este tem levado a cabo unindo o melhor das tradições norte-americana e europeia, inovando o relato cinematográfico e incorporando à literatura algumas das suas contribuições. Com a sua exploração de novos âmbitos da realidade, Auster conseguiu atrair jovens leitores, dando um testemunho esteticamente muito valioso dos problemas individuais e colectivos do nosso tempo".

Considerado como um dos escritores norte-americanos mais reconhecidos e admirados mundialmente da sua geração, Paul Auster tem criado um universo literário em torno do acaso e da busca da identidade, onde realidade e fantasia invadem os espaços quotidianos do homem.

Fico feliz porque Paul Auster é sem dúvida alguma um dos meus escritores preferidos.