Roma

É bom por vezes recuar no tempo e imaginarmo-nos noutras épocas. A dois oferece a partir de ontem uma excelente proposta que nos transporta para a Roma Antiga. Rome é uma série que resulta de uma co-produção entre a BBC e a HBO e que nos leva ao ano 52 A.C.

Sinopse: Após oito anos da guerra, Gaius Julius Caesar terminou a sua magistral conquista da Gália, e está voltando para Roma. Traz com ele legiões de homens endurecidos pelas batalhas, leais, enriquecidos em escravos, ouro e pilhagem, e uma agenda populista para uma mudança social radical. A aristocracia está aterrorizada, e ameaça processá-lo por crimes de guerra se entrar em Roma. O contrapeso de poder delicado encontra-se no senado com o velho amigo de Julius Caesar, companheiro e o mentor Pompei Magnus.

Pelas 23 horas e durante as próximas onze segundas-feiras, esta série constitui uma excelente alternativa televisiva aos balanços da jornada futebolística e ao ultimamente hiper depressivo Prós e Contras.

Espírito Prático

Os chineses celebram o começo de um novo ano no domingo, dia 29 de Janeiro. Este ano vai ser o ano do cão mas, segundo uma notícia publicada ontem na secção O insólito do Público, este ano tem havido uma nada usual corrida aos supermercados para comprar fraldas para adultos. Este novo item é um acessório obrigatório para as longas viagens de comboio que nesta altura do ano ficam apinhados, imaginem que em relação ao número de lugares disponíveis vende-se o dobro dos bilhetes. Todos os locais do comboio ficam cheios e até as casas de banho servem para acomodar passageiros, logo a missão de satisfazer as suas necessidades fisiológicas torna-se difícil e com um espírito prático espantoso os chineses resolvem este pequeno problema colocando umas fraldas. Espero bem que viagem seja feita de janelas abertas ou então para o ano o sucesso das vendas será uns tampões para o nariz.

Rock Me Amadeus

[Imagem daqui]

Em Allegro Vivace comemora-se hoje os 250 anos do nascimento do genial Wolfgang Amadeus Mozart! Compositor intemporal, que melhor forma de o celebrar se não a ouvir a sua música?

Cachimbo Periférico

Cachimbo: Utensílio para fumar, consiste num tubo que termina num recipiente, no qual se coloca e se acende o tabaco picado ou outra substância, cujo fumo se aspira pela extremidade da boquilha do tubo. Foi inventado para fumar, não precisamente tabaco, já que se encontraram cachimbos em escavações arqueológicas datadas de muito antes da chegada do tabaco da América.

Fumar cachimbo não é um vício, é um prazer. Um prazer que, com ponderação, proporciona uma pausa na loucura do dia-a-dia, uma sensação de calma e bem-estar mental. E além de ser um prazer é uma arte, um ritual que remete para outros tempos, com outros ritmos, quando a vida tinha outro vagar.

Match Point

Ao ver o último filme do Woody Allen veio-me à memória esta frase do grande Oscar Wilde:

Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos

Gostei do filme e recomendo, um Woody Allen maduro e surpreendente.

Disco Periférico

Há discos que são como velhos amigos. Pode-se estar uma série de tempo sem os ouvir, mas quando de repente um impulso, um acaso nos leva a ouvi-los de novo, eles retribuem-nos o mesmo prazer da primeira audição!

Hoje a minha banda sonora tem sido este Chameleon da Badi Assad de 1998 e ainda não o consegui parar de girar por aqui…

New Look

Caros amigos o Periférico tem um novo look :-)!

Polícia Belga

Parece que a Carlota tem razão no que diz respeito à polícia Belga :-)

Meca é onde Alá quiser...

(Parvoíce de 2ª feira recebida por e-mail!)

I Heart Huckabees

O Passos Manuel assume-se cada vez mais como uma sala alternativa na cidade Invicta, cuja programação deve ser seguida com atenção. E agora mais ainda já que infelizmente se confirmou a “morte” anunciada do Nun’Álvares.

I Heart Huckabees é um filme independente que chama logo à partida a atenção pela a excelência do seu elenco que agrupa, entre outros, Dustin Hoffman, Isabelle Huppert, Jude Law, Lily Tomlin, Mark Wahlberg, Jason Schwartzman e uma luminosa Naomi Watts. Trata-se de uma comédia existencialista desconcertante e inteligente realizada por David O. Russell apontado como um dos novos talentos do cinema americano actual.

A história parte das interrogações do protagonista, Albert Markovski, sobre uma série de coincidências que lhe têm recentemente acontecido e que pensa estarem relacionadas com os grandes enigmas da vida. Na tentativa de descortinar a reposta para essas coincidências Albert resolve recorrer aos serviços de uma original agência de “psico-detectives”. Será que estamos todos ligados por coincidências ou na verdade somos seres individuais e solitários? Sem nunca dar uma resposta clara às questões existenciais, no fundo deixando as respostas para o interior de cada um de nós, o filme vai provocando as mais inesperadas gargalhadas ao ir gozando com todas elas.

É certamente um daqueles filmes que não agradará a todos, alguns irão adorar outros detestar, a mim surpreendeu-me e divertiu-me pelo que aqui fica a sugestão.

O Apelo do Deserto

Em 1976, durante a 2ª edição da prova Abidjan-Nice, Thierry Sabine perdeu-se ao volante da sua moto em pleno deserto, na Líbia, e ficou três dias isolado à espera de ser resgatado. Essa experiência marcante levou-o a idealizar uma prova que atravessasse o continente africano e assim nasceu em 1979 o Paris-Dakar. O seu destino ficou ligado para sempre ao deserto quando a 14 de Janeiro de 1986, 8ª edição do Dakar, no Mali, o helicóptero que o transportava foi apanhado numa tempestade, embateu numa duna e explodiu. Todos os ocupantes morreram, o Dakar ficou órfão do seu mentor e as suas cinzas foram lançadas no deserto. Os africanos chamavam-lhe o Anjo Branco.

Há algo no Deserto que escapa à nossa compreensão, há um apelo, algo que nos atrai. Thierry Sabine tinha uma frase sobre o Dakar que cristaliza esse apelo do deserto “Um desafio para os que vão, um sonho para os que ficam”.

Ano Novo…

…Vida Nova!

Assim reza o ditado, assim se renovam os desejos e a esperança numa vida e mundo melhor. Mais um ano chegou ao fim e com ele queremos enterrar as nossas angústias, os nossos receios e as nossas falhas. É uma época de regeneração, em que se fazem balanços e se promete para nós mesmos que iremos fazer um esforço para sermos melhores e melhor desfrutar cada dia que passa.

Não sei o que 2006 nos reserva, mas tal como diz a canção lembro-me de “uma frase batida” e é com optimismo que me apetece dizer:“Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!”

Façam o favor de ser felizes neste 2006!:-)

Bom Ano para Todos!